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Isonomía Consultores en O GLOBO – 06/07/2015
Principal opositor do kirchnerismo, Macri usa vitória local para negar favoritismo de governistas
Prefeito de Buenos Aires luta contra clima de ‘já ganhou’ instalado desde apoio de Cristina a rival
Por: Janaína Figueiredo (CORRESPONDENTE)
BUENOS AIRES – Diante da derrota de seus candidatos em dois distritos eleitorais de peso no país, a cidade de Buenos Aires e a província de Córdoba, domingo passado, a presidente argentina, Cristina Kirchner, e seu governo optaram por ignorar os resultados eleitorais ou minimizar a vitória de partidos opositores. Em momentos em que meios de comunicação locais divulgavam dados sobre as eleições regionais, a presidente enviava mensagens através de sua conta no Twitter sobre o referendo na Grécia. Já o prefeito da capital e candidato à Presidência Mauricio Macri, um dos favoritos para as presidenciais do próximo dia 25 de outubro, assegurou que “o governo está preocupado”.
A realidade, afirmaram analistas locais ouvidos pelo GLOBO, é que as eleições regionais não terão grande impacto na decisão nacional sobre a sucessão de Cristina. Hoje, confirmaram os especialistas, a única certeza que existe é de que a disputa será entre o governador da província de Buenos Aires, o kirchnerista Daniel Scioli, e Macri, a grande esperança da oposição.
— Claramente estão preocupados, eles querem instalar a sensação de que já ganharam, mas essa estratégia não está funcionando — declarou Macri, cujo partido, o PRO, venceu, com mais de 20 pontos de vantagem, o primeiro turno da eleição portenha.
De fato, desde que o kirchnerismo confirmou a escolha de Scioli como candidato do governo, instalou-se no país um clima de vitória antecipada. Pesquisas locais, porém, não confirmam a teoria da Casa Rosada e mostram apenas um leve crescimento de Scioli, que está entre dois e seis pontos percentuais acima de Macri.
— O movimento “Scioli já ganhou” está se espalhando e a oposição deverá reverter essa tendência para obter um bom resultado nas primárias de agosto — explicou Rodrigo Martínez, diretor da empresa de consultoria Isonomia.
Para ele, “nas próximas semanas a oposição deverá convencer os eleitores de que esta é uma eleição competitiva”.
PESQUISAS INDICAM SEGUNDO TURNO
Macri está ciente deste desafio e utilizou o discurso de domingo à noite, após confirmado o triunfo de seu partido na capital (ainda resta um segundo turno, dentro de duas semanas), para enviar um recado ao eleitorado nacional:
— O governo quer nos convencer de que já ganhou as eleições (presidenciais), mas isso não é verdade. Cada voto pode fazer a diferença, não tenhamos medo.
O candidato opositor também rebateu uma das principais críticas do kirchnerismo, que costuma relacionar Macri ao “passado neoliberal da década de 90”.
— O passado são eles, que governam a Argentina há 25 anos. Nós somos o futuro — enfatizou o candidato, que aposta em obter um bom resultado nas primárias do próximo dia 9 de agosto para chegar fortalecido ao primeiro rodada das presidenciais.
Hoje, nenhum analista político acredita que Scioli, como insistem em dizer muitos kirchneristas, tem chances de eleger-se no primeiro turno. Para isso, o candidato de Cristina precisaria alcançar 45% ou mais dos votos, ou 40% com uma diferença superior a 10 pontos percentuais em relação ao segundo colocado.
— Nenhum dos candidatos chega a 45%. Temos uma eleição presidencial que ainda não está definida. O resultado nas províncias não deve impactar na disputa nacional — disse o analista político Sergio Berenztein.
Segundo ele, Macri mostrou-se disposto a endurecer o discurso, para enfrentar o crescimento de Scioli das últimas semanas.
— O desafio de Scioli é mostrar certa independência de Cristina, para captar votos de setores mais moderados — assegurou o analista.
Em 2011, Cristina também perdeu eleições em distritos como Córdoba, Buenos Aires e Mendoza, mas conseguiu conquistar seu segundo mandato, com 54% dos votos. Hoje, apontou Berenztein, “a oposição está mais unida”.
— A partir de agora veremos uma Cristina mais envolvida na campanha presidencial — comentou o analista.
As primárias de agosto são consideradas fundamentais por todos os partidos políticos, porque seu resultado confirmará quem são os favoritos para outubro. Macri enfrentará uma eleição interna da aliança opositora com a deputada Elisa Carrió e o senador Ernesto Sanz. Com a escolha antecipada de Scioli, as primárias kirchneristas servirão para saber as intenções de voto a favor do governador. O objetivo de Macri, a partir de agosto, é unificar a maior parte da oposição para encarar a queda de braço com Scioli em outubro.
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